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quarta-feira, 31 de agosto de 2011

Revivendo Veríssimo de Melo (90 anos de nascimeto)

Odúlio Botelho Medeiros – Vice-presidente da ALEJURN – Do IHGRN

Lembro-me bem, como se hoje fosse! Caminhávamos pelo Grande-Ponto, quando se encontraram o meu tio-sogro Enoir Botelho e o escritor Veríssimo de Melo, em uma manhã ensolarada de verão pleno. Foi uma festa! Abraços, cumprimentos guardados no tempo e no espaço. É que, Enoir, como Veríssimo, foram jogadores de futebol na juventude, justamente na fase em que o chamado esporte bretão estava nos seus primórdios aqui na terrinha. O primeiro, foi embora para servir à Marinha do Brasil, ausentando-se da cidade por muito tempo, enquanto Vivi postara-se sempre, e permanentemente, em Natal, ao lado dos fandangos, dos pastoris, das lapinhas, dos maracatus, dos bumba-meu-boi, das cheganças, dos cocos de roda, das rendeiras, das benzedeiras, dos cantadores de viola, dos cordelistas, de Djalma Maranhão, de Câmara Cascudo, de Newton Navarro, de Zé Areia, do jornalismo telúrico, eis que, naquela época, escrevia uma coluna no Diário de Natal, que retratava o cotidiano potiguar, suas figuras humanas com cheiro de maresia e da brisa do Rio Potengi. Assisti, ao lado de Marta, prima que se tornou minha mulher, todo o desfilar de emoções incontidas propiciadas pelos dois amigos de antanho. Relembraram, ali mesmo, naquele instante matinal de 1956, todo um passado ido e vivido, repleto de reminiscência juvenil, recheado de velhos sonhos e conjecturas. Veríssimo lembrava os tímidos namoros, as primeiras serenatas ao luar, as tênues manifestações intelectuais, os primeiros versos, as travessias a nado para a Redinha. Enoir, seu companheiro de andanças e peladas de futebol, a tudo ouvia e confirmava tudo, especialmente as relembranças de Natal das décadas de 30/40, como se o tempo tivesse parado para ambos, naquele momento. E foi justamente, a partir desse diálogo de eternal felicidade, que passei a conhecer, admirar e a acompanhar a obra de Veríssimo de Melo. Assim destaquei o Vivi folclorista, o professor de etnografia, de filosofia, de antropologia cultural, o diretor do Museu Câmara Cascudo, o presidente do Conselho Estadual de Cultura, o membro da Academia Norte-rio-grandense de Letras. Pude captar, com o transcorrer do tempo, a sua luta em prol do desenvolvimento da cultura popular – desde aquela época tão relegada a plano secundário – carente de apoio e de incentivo oficial. Mesmo assim, qual um desbravador ou como um espadachim aguerrido, Veríssimo de Melo não se entregava ao desânimo e lutava e lutava... Os anos passavam e ele crescia. Crescia na literatura, na admiração do povo e alicerçava a sua magnífica obra. E tantos foram os livros, e tantas foram as noites de pesquisas, que o homem nos legou um trabalho literário do melhor quilate, da maior repercussão para as gerações futuras. É notório que esse esforço veio beneficiar a todos, porquanto nos brindou com uma vasta produção intelectual, representada pelos seguintes livros: Adivinhas (1948); Acalantos (1949); Parlendas (1949); Rondas Infantis Brasileiras (1953); Jogos Populares do Brasil (1956); Gestos Populares (1960); Cantador de viola (1961); Folcrore Infantil (1965); Ensaios de Antropologia Brasileira (1973); O Conto Folclórico no Brasil (1976); Folclore Brasileiro: Rio Grande do Norte (1978); Tancredo Neves na literatura de Cordel (1986); Medicina Popular no Mundo em Transformação (1996); em 2007 foi editado pelo Sebo Vermelho, a obra póstuma Natal há 100 anos passados, entre outros títulos, permitindo, dessa forma, que os mais novos, os construtores do Brasil de hoje e do futuro, possam cultivar o gosto pela cultura popular, base essencial para a memória de um povo. Em boa hora, a FUNCARTE, sob a tutela do seu valoroso Presidente, Prof. Roberto Lima (que está no lugar certo) fez promover o Seminário Viva Vivi, que além de muito concorrido, contou com a participação de intelectuais da terra e de pessoas compromissadas com o folclore potiguar, que é muito rico, por sinal. Estamos convictos de que a obra e o legado deixado pelo eminente conterrâneo servirá de base às próximas gerações, para a preservação dos costumes e das tradições do nosso povo. Viva, Vivi!

Do livro “A PRAIA DA PIPA DOS MEUS AVÓS”

de ORMUZ BARBALHO SIMONETTI
 
A VIAGEM PARA O VERANEIO



GOIANINHA NA ÉPOCA DOS PRIMEIROS VERANEIOS
Era grande a expectativa que causava, nos dias que antecediam a viagem para a Praia da Pipa. Dias antes, o meu avô Odilon Barbalho mandava um portador a Pipa, com recado ao seu compadre Antônio Pequeno (o Velho), que era delegado distrital e exercia grande influência em toda a comunidade. Pedia que iniciasse, com alguns homens, uma “picada” com destino a Piau.

DISTRITO DE PIAU-MUNICÍPIO DE TIBAU DO SUL

Ele, por sua vez, também iniciava, com seus empregados, outra picada partindo de Piau com destino a Pipa. Era um percurso de doze quilômetros que atravessava tabuleiros cobertos de fruteiras silvestres, como mangabeiras, cajueiros e mais perto da praia, multiplicavam-se os pés de camboim, maçaranduba, guabiraba, murta, murici, cajarana, camaci, maria-preta, ubaia doce e azeda etc.



MANGABEIRAS COBRINDO A ESTRADA

Quando os trabalhadores se encontravam, estava concluída a estrada que iria conduzir a caravana de veranistas ávidos em passar todo o mês de janeiro desfrutando das águas mornas do mar da Pipa. Foram os carros de boi do meu avô Odilon Barbalho, os primeiros veículos movidos à tração animal, a chegar a Praia da Pipa, em janeiro de 1926.

HOMENS ABRINDO PICADA NO TABOLEIRO
A viagem era sempre feita à noite para poupar homens e animais do escaldante sol do mês de janeiro. As famílias, com suas tropas de burros de carga, carros de boi, charretes e cabriolés, reuniam-se no oitão da igreja matriz. Por volta das sete horas da noite iniciavam a viagem. As moças e os rapazes montavam cavalos. As moças e senhoras, naquela época, utilizavam uma sela chamada silhão. Era um tipo de sela maior que as normais, com estribo apenas em um dos lados, onde a pessoa ficava com um dos pés no estribo e curvava a outra perna sobre um arção semicircular. Era apropriada para moças e senhoras quando cavalgavam de saias.

A VIAGEM ERA FEITA AO CAIR DA TARDE

Os carros de boi além de carregar pessoas, levavam alguns móveis, como camas e pequenos armários. Levavam, ainda, vários utensílios domésticos e todas as tralhas que compõem uma cozinha.
Rapazes e moças seguiam na frente, com suas velozes montarias. Disputavam corridas e faziam diversas brincadeiras ao longo da viagem. Era comum que algumas pessoas, com habilidade para tocar instrumentos musicais, levassem violões, concertinas, triângulos, pandeiros e zabumbas, para animar a longa viagem.

A primeira parada era no distrito de Piau, que significava a metade do caminho a percorrer. Daí pra frente, a estrada se transformava em picada, e a viagem se tornava mais lenta e penosa, principalmente para os animais de carga e tração. O solo ficava mais arenoso, o que facilitava o atolamento dos carros de boi que tinham rodas de madeira muito finas para aquele tipo de terreno e carregavam a maior parte do peso.
Durante essa parada, por volta da meia noite, as mulheres aproveitavam para cuidar das crianças e comer algum lanche trazido para a ocasião. Aproveitavam, também, para utilizar os sanitários (latrinas) da casa dos compadres. Os homens geralmente iam para as bodegas e vendas para tomar uns tragos de boa cachaça de cabeça produzida nos engenhos da região.


Em seguida, retomavam o caminho seguindo pela picada previamente aberta. Nesse tipo de solo a caravana seguia com mais dificuldade. Depois de três a quatro horas de viagem chegava ao Rio Galhardo, onde era feita a última parada. Lá a demora era pequena, somente o tempo de dar água aos animais enquanto algumas pessoas tomavam banho para desenfadar. Com mais hora e meia de viagem chegavam na Praia da Pipa.

LOCAL ONDE PRIMEIRO SE AVISTA A PRAIA DA PIPA- FOTO DE 1970

A ansiedade era tanta, que os rapazes e moças disparavam nos seus cavalos, e logo chegavam à praia. Horas depois chegavam os pesados e vagarosos carros de boi e os animais de carga. Eram recebidos com festa de boas-vindas pelos compadres e moradores do lugar. Era hora de arrumar tudo e começar o tão esperado veraneio.

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Documentário na FAB
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quinta-feira, 25 de agosto de 2011

 

Dia do Soldado

Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.

O Dia do Soldado é instituído em homenagem a Luís Alves de Lima e Silva, patrono do Exército brasileiro, nascido em 25 de agosto de 1803 que entra na História como "o pacificador" e sufoca muitas rebeliões contra o Império.
BIOGRAFIA
Marechal de Exército- Luís Alves de Lima e Silva - Duque de Caxias - Patrono do Exército Brasileiro (25 de agosto 1803 - 7 de maio 1880) "Nasceu na Fazenda de São Paulo, Vila de Porto de Estrela, na Baixada Fluminense, Rio de Janeiro. Em 22 nov 1808, assentou praça como cadete no 1º Regimento de Infantaria, ingressando, posteriormente, na Academia Real Militar. Tenente, integrou o recém-criado Batalhão do Imperador, como ajudante, com ele recebendo o batismo de fogo, em 3 maio 1823, nas lutas pela independência na Bahia, quando pôde revelar excepcionais qualidades de iniciativa, comando, inteligência e bravura. Com pouco mais de 20 anos, já era capitão e participou, ainda com o Batalhão do Imperador, da Campanha da Cisplatina. Em 2 de dezembro 1839, já Coronel, passou a encarnar a auréola de Pacificador e Símbolo da Nacionalidade, ao ser nomeado Presidente da Província do Maranhão e Comandante-Geral das Forças em Operações, para debelar a "Balaiada", após o que recebeu o título de Barão de Caxias e a promoção a Brigadeiro. Entrou na História como "O Pacificador" e sufocou muitas rebeliões contra o Império. Também pacificou São Paulo e Minas Gerais, em 1842, razão por que foi promovido a Marechal-de-Campo graduado. Em fins de 1842, foi nomeado Presidente e Comandante-em-Chefe do Exército em operações no Rio Grande do Sul, para combater a Revolução Farroupilha, que já durava 8 anos, e ao término da qual foi efetivado como Marechal-de-Campo, eleito Senador pelo Rio Grande do Sul e distinguido com o título de Conde. Em 1851, foi novamente nomeado Presidente e Comandante-em-Chefe do Exército do Sul. Desta feita, para lutar contra Oribe, no Uruguai, e, logo a seguir, contra Rosas, na Argentina. Vitorioso mais uma vez, foi promovido a Tenente-General e elevado à dignidade de Marquês. Em 16 junho de 1855, foi Ministro da Guerra e, em 1856, Presidente do Conselho de Ministros, ambos pela primeira vez. Em 10 de outubro de 1866, foi nomeado Comandante-em-Chefe das Forças do Império em operações contra as tropas do ditador Lopez do Paraguai, sendo efetivado no posto de Marechal-de-Exército, assumindo, em 10 de fevereiro de 1867, o Comando-Geral das forças em operações, em substituição ao General Mitre, da Argentina. Segue-se uma série de retumbantes vitórias, em Itororó, Avaí e Lomas Valentinas, a rendição de Angustura e a entrada em Assunção, quando considerou encerrada a gloriosa Campanha por ele comandada. "Pelos relevantes serviços prestados na Guerra do Paraguai", o Imperador lhe concedeu, em 23 março de 1869, o título de Duque - o mais alto título de nobreza concedido pelo imperador. Caxias foi Ministro da Guerra e Presidente do Conselho de Ministros por mais duas vezes; a última de 1875 a 1878. Faleceu na Fazenda Santa Mônica, nas proximidades do Município de Vassouras - RJ, sendo o seu corpo conduzido para o Rio e enterrado no Cemitério do Catumbi. Hoje, os restos mortais do Patrono do Exército e os de sua esposa jazem no mausoléu defronte do Palácio Duque de Caxias, no Centro do Rio de Janeiro".
PARA UM GRANDE EXÉRCITO UM GRANDE PATRONO
"Luís Alves de Lima e Silva - o Duque de Caxias é o insigne Patrono do Exército Brasileiro, que o reverencia na data de seu nascimento - 25 de agosto - "Dia do Soldado" Caxias pacificou o Maranhão, São Paulo, Minas Gerais e o Rio Grande do Sul, províncias assoladas, no século passado, por graves rebeliões internas, pelo que recebeu o epíteto de "O Pacificador". Comandou Exércitos em três campanhas externas: na mais difícil delas, quando em Lomas Valentinas, no ano de 1868, tomado de justo orgulho, bradou aos seus soldados: "O Deus dos Exércitos está conosco. Eia! Marchemos ao combate, que a vitória é certa, porque o General e amigo que vos guia, ainda, até hoje, não foi vencido!". Caxias organizou o Exército Brasileiro, fez-se político, governou províncias e o próprio Brasil, pois foi Presidente do Conselho de Ministros por três vezes. Não apenas por tudo isso, "O Pacificador" foi o vulto mais exponencial de seu tempo, chamando-lhe os apologistas, de "O Condestável do Império". O saudoso e venerando jornalista Barbosa Lima Sobrinho o cognomina de "O Patrono da Anistia" e o povo brasileiro, em espontânea consagração, popularizou o vocábulo "caxias", com o qual são apelidados os que cumprem, irrestritamente, os seus deveres. Marechal do Exército, Conselheiro de Estado e da Guerra, Generalíssimo dos Exércitos da Tríplice Aliança, Barão, Conde, Marquês, Duque, Presidente de Províncias, Senador, três vezes Ministro da Guerra, três vezes Presidente do Conselho de Ministros, o "Artífice da Unidade Nacional", eis Caxias, Patrono do glorioso e invicto Exército Brasileiro! O inesquecível sociólogo Gilberto Freyre, no reconhecimento das excelsas virtudes do Duque de Caxias, assim se expressou: "Caxiismo não é conjunto de virtudes apenas militares, mas de virtudes cívicas, comuns a militares e civis. Os "caxias" devem ser tanto paisanos como militares. O caxiismo deveria ser aprendido tanto nas escolas civis quanto nas militares. É o Brasil inteiro que precisa dele"...

quarta-feira, 24 de agosto de 2011


O Presidente da Assembleia Legislativa
do Estado do Rio Grande do Norte,
deputado Ricardo Motta,
                 
           
tem a honra de convidar Vossa Senhoria para participar da Sessão Solene em homenagem (in memoriam) aos 25 anos do falecimento do escritor Luís da Câmara Cascudo.

26 de Agosto de 2011, (sexta-feira), às 10 horas.
Plenário deputado Clovis Motta- ALRN
Praça 07 de setembro, s/n, centro, Natal/RN

Traje: passeio completo                                                                   
Propositor: dep. Walter Alves
                                                                                                                                                                                               
                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                
                                                                                                                                                      Pede-se a gentileza de
                                                                                                                                                 Confirmação ao cerimonial
                                                                                                                                          Fone:  (84) 3232. 5364 –   Fax -3232.5761                   
                                                                                                                                                                                     
e-mail: cerimonial.alrn@bol.com.br

 

Anderson Tavares

Carlos Moura - retrospecto genealógico

Da direita para a esquerda: Carlos Moura, Chico Moura, Joanete, Chambrinha, Tonito e Neném Simplício. O garoto e Marcos Magalhães. Família reunida no casarão da Rua da Cruz, em Macaíba/RN. Foto acervo Anderson Tavares

Com o falecimento de Carlos Augusto Ribeiro de Moura, no dia 14 de agosto passado, desapareceu o último membro da família mais antiga em terras macaibenses, que residia na cidade. Era descendente direto do coronel Manoel Teixeira Casado, na linhagem do coronel Estevão Moura.
A família Moura de Macaíba, além da ilustre ascendência que parte do coronel Estevão Moura, senhor do engenho Ferreiro Torto, e político renomado desde os tempos do Império, quando administrou o Rio Grande do Norte, origina-se do coronel de milícias Manoel Teixeira Casado, que é o nome mais antigo documentado, residente em terras macaibenses. Foi ele o fundador do sítio Coité, em 1728. Portanto, 127 anos de Fabrício Pedroza fundar a cidade da Macaíba.
Carlos Moura nasceu em Macaíba no dia 05 de maio de 1933, sendo filho de Francisco Canindé de Moura – Chico Moura (*1905 +1968) e de Joana Ribeiro de Moura – Joanete Moura (*1913 +2003), um casal querido em toda a Macaíba. Foi neto paterno do major Alfredo da Fonseca Moura e Maria Chambre da Fonseca Moura, antigos senhores da fazenda Arvoredo. E materno do comerciante Vicente Paulo Ribeiro de Souza e Maria Ambrosina Marinho de Carvalho.
Funcionário público estadual e atleta de futebol durante a juventude, Carlos Moura foi casado em primeiras núpcias com Ilná de Oliveira Moura, em 25 de janeiro de 1958, tendo gerado dois filhos: Francisco Carlos de Oliveira Moura e Kleber José de Oliveira Moura, ambos ex vereadores de Macaíba. Do segundo casamento com Regina Célia de Souza Moura, tiveram Raissa Tatiane. Além de 4 netos.
Residiu durante anos no casarão da Rua da Cruz, estava residindo atualmente na comunidade de Mangabeira. O blog através deste rápido retrospecto biográfico apresenta seu sincero pesar a todos os descendentes de Carlos Moura.

 

Coronel David Dantas de Faria e a Fazenda Panom

Públicado no O Jornal de Hoje, de 23 de agosto de 2011
Coronel David Dantas de Faria e a Fazenda Panom
João Felipe da Trindade (jfhipotenusa@gmail.com)
Professor de Matemática da UFRN e membro do INRG
Em 15 de setembro de 1751, David Dantas de Faria recebia carta patente de tenente-coronel do Regimento de Cavalaria da Ribeira do Assu, de que era comandante o coronel Antonio da Rocha Bezerra, vaga pela mudança de Felis Barbosa Tinoco dessa dita Ribeira para a Ribeira do Apodi. Além de ser um dos homens nobres e das principais pessoas dessa Ribeira, e abastado de bens, tinha servido a Sua Majestade, na Capitania do Rio Grande, como capitão e sargento-mor de Infantaria das Ordenanças.
 Em 1756, David Dantas de Faria fazia requerimento ao rei D. José, pedindo confirmação de carta patente do posto de Coronel de Cavalaria do Regimento da Ribeira do Assu, passada pelo capitão-mor Pedro de Albuquerque de Mello. Em 1759, ainda Coronel, fez carta ao rei D. José informando que o novo capitão-mor do Rio Grande, João Coitinho de Bragança, ao passar mostra ao Regimento de Cavalaria da Ribeira do Assu, estava obrigando todos os oficiais a referendarem as suas patentes, cobrando variados valores por cada uma delas. A velha propina!
Em 1823, por seu bastante procurador, o Capitão João Martins Ferreira (meu tetravô, aquele lá da Ilha de Manoel Gonçalves), o Coronel Joaquim Pereira Vianna, da Praça de Pernambuco, Engenho do Moreno, em virtude da demarcação de seu sítio e fazenda, chamada Panom, na margem do Poente do Rio dos Cavalos, com três léguas de comprimento e uma légua de largura, solicitava a presença dos confinantes para que não restassem dúvidas com relação à dita demarcação. Essas terras confinavam, ao Poente com Data do próprio Joaquim, que obteve por herança, nas Caatingas e Riacho do Umbuzeiro; ao Norte, com terras do Sítio Arraial, dos herdeiros netos da falecida D. Maria do O' de Faria, viúva dp Coronel Jerônimo Cabral de Macedo, a saber: José Correa de Araújo Furtado, e seus cunhados Pedro Soares de Macedo, Jerônimo, Izabel, e João, órfãos maiores de quatorze anos e tutelados  daquele, Gabriel Soares Raposo da Câmara e seus cunhados, Mathias Antonio, Antonio Mathias, Francisco Antonio e Jerônimo; confinava ainda com terras do Sítio Furabocas do Capitão Lourenço de Araújo Correa; e da Calheira (Caeira) de D. Brites Pás Barreto, viúva do falecido José Varella Barca, e seus filhos o Capitão Manoel Varella Barca, e outros, ou netos que tinham parte na dita terra Calheira.
Joaquim Pereira Vianna, em sua procuração, constituindo seus procuradores, o capitão João Martins Ferreira, José Antonio da Fonseca e o capitão Francisco Dantas Cavalcante, afirmou que era herdeiro, testamenteiro e inventariante dos bens do seu falecido sogro, o coronel Thimóteo Pereira Bastos. Nesse processo de demarcação da Fazenda Panom, constava cópia de uma escritura de venda da Fazenda Panom, sintetizada a seguir.
Em 31 de outubro de 1774, na Vila de Santo Antonio de Recife, Pernambuco, na casa de morada do sargento-mor Manoel Gomes dos Santos, foi passada a escritura de venda da Fazenda Panom. Como vendedores estavam Theotonio Dantas da Gama por si e como procurador de suas irmãs, D. Quitéria d'Antas e Dona Agostinha (Angela) Pereira Dantas, e de sua tia Rosa Antas de Farias, e o tenente-coronel José da Costa de Carvalho como procurador de Francisco de Brito e sua mulher Dona Genebra Bernarda d' Antas de Farias, morador, o dito tenente-coronel, na Ribeira do Assu, e o vendedor Theotonio d'Antas da Gama, no Porto, e ora assistente na Ribeira do Assu. Como comprador o sargento-mor Manoel Gomes dos Santos, morador na dita Vila de Santo Antonio do Recife. Os vendedores eram herdeiros do defunto Coronel David Dantas de Faria (ao longo da escritura e dos registros da Igreja, às vezes aparecia como sobrenome Farias.
A Fazenda Panom, de gado vacum e cavalar, estava situada na Ribeira do Assu, Capitania do Rio Grande, comarca da Paraíba. Partia pela parte Norte com terras do capitão Antonio Coelho, da parte Sul com terras de Quitéria Dantas, da parte do Nascente com terras do capitão-mor Christovão da Rocha (Pitta). Foi vendida por doze mil cruzados.
Dona Rosa Dantas de Faria, da Freguesia de Cunha, era irmã do Coronel David Dantas de Faria. Theotonio, Angela e Quitéria eram sobrinhos do Coronel, e filhos de Antonio de Andrade Gama, moradoras, as irmãs, na Quinta do Vale Longo, Freguesia de São Paio de Agoa Longa, do Concelho de Coura, Comarca de Vianna.
Dona Genebra Bernarda d'Antas de Faria, também, era irmã do coronel David Dantas de Faria. Ela e seu marido, Francisco de Brito Barbosa, da Freguesia de Cunha, do Concelho de Coura, em vinte e dois de abril de 1772, na casa do sobredito Francisco de Brito Barbosa, na Quinta do Passo, Freguesia de Cunha, passaram procuração para o Capitão Mathias Antonio Affonço, da Freguesia da Vila Nova do Meio Termo da Vila de Barca, e na cidade do Porto ao Capitão Antonio Pinheiro Salgado, e Antonio Rodrigues da Silva Prassa, e na cidade de Lisboa a Antonio Rodrigues Vianna e no Recife de Pernambuco, Estado do Brasil a Manoel da Costa Mendes, Domingos Pires Ferreira, Tenente Vicente Gurjão, e Bento Rodrigues Xavier, e na Vila de Goiana a Gregório José da Silva Coitinho e Felis Gomes de Jesus, e na cidade da Paraíba a José Rodrigues Chaves e a João da Silva Ferreira, e na cidade do Rio Grande a Francisco Pinheiro Teixeira, e a Francisco Machado de Oliveira Barros, e na Freguesia do Assu, ao Capitão José da Costa de Carvalho e ao Capitão Mor Francisco Nogueira, todos moradores no Estado da América, para cuidarem da herança do seu irmão e cunhado David Dantas de Faria, natural da Freguesia de Cunha, Concelho de Coura, falecido na Freguesia do Assu, Capitania do Rio Grande, Bispado de Pernambuco, cuja herança se achava na dita Freguesia  do Assu e mais partes dos ditos Estados do Brasil.
Pelo que se depreende acima, das procurações, além da Fazenda Panom, havia outras em várias localidades aqui no Brasil. Em outro artigo daremos mais informações sobre o Coronel David Dantas de Faria.

sexta-feira, 19 de agosto de 2011

 

Estimados amigos genealogistas

Assumi a responsabilidade de divulgar neste "blog" algo da genealogia do futebol potiguar, transcrevendo artigo publicado no blog de Franklin Jorge e da autoria de José Normando Bezerra.
Após as comemorações dos 96 anos do ABC e do América, chegou a vez do grande Alecrim, time muito querido dos potiguares. As grandes torcidas dos dois avós do nosso futebol, sempre escolhem o Alecrim como segunda opção. Eu também estou nessa lista.
Parabéns alecrinenses e um abraço de Carlos de Miranda Gomes

ALECRIM FUTEBOL CLUBE 96 ANOS

Fundado em 15 de agosto de 1915, time tornou-se patrimônio dopovo potiguar

Por José Normando Bezerra*
“Fez poeta o rouxinol, pôs no campo o Alecrim”. Pois é como no fado português “Foi Deus”, há 96 anos um grupo de jovens colocavam em campo o Alecrim FC, lembrando que entre esses fundadores estava João Café Filho, que seria goleiro da equipe alviverde, e mais tarde entrando na política ocuparia o seu mais alto posto de presidente da República.
O Verdão Maravilha ao longo desse tempo ganhou dezenas de títulos no futebol, voleibol, futebol de salão, basquete, pedestrianismo, ciclismo. No futebol que é a sua principal marca, obteve os seguintes títulos: campeão norteriograndense nos anos de 1924, 1925, 1963, 1964, 1968, 1985, 1986; campeão do Nordeste da série D em 2009; campeão da taça Cidade do Natal – 1979, 1982, 1986; tri-campeão do torneio Incentivo – 1976, 1977, 1978; dez vezes campeão do torneio Início; campeão dos torneios da marinha em 1969 e do “Santos Dumont” em 1970; tetra campeão de Aspirantes em1961, 1962, 1963, 1964, bi campeão de juniores (86 e 87), campeão invicto de juniores 2006, vice campeão estadual em 1928, 1953, 1962, 1965, 1966, 1970, 1972, “ano da inauguração do estádio Machadão” e 1982, vice campeão da taça Cidade do Natal em 1972,1976 e 1985, dos torneios “Rio Grande do Norte” em 1979, “Buriti” em1980 e “Assis de Paula” em 1995.



Representou o RN na primeira divisão do campeonato brasileiro de 1986, jogando inclusive com o Botafogo no Maracanã e com o Palmeiras no Parque Antártica.
Nesse 15 de agosto, dia da Assunção de Nossa Senhora, o Rio Grande do Norte amanheceu sentindo um cheirinho de Alecrim como fala a canção” Uma casa portuguesa” de Roberto Leal, “Tanto Mar” de Chico Buarque.
O Alecrim, clube homônimo do bairro onde foi fundado, é uma agremiação mítica e mística, que tem uma história de pioneirismo que o diferencia das demais equipes, cito algumas: é o único clube brasileiro que teve um goleiro que foi presidente da República, Café Filho; um torcedor padre que foi governador do Estado, Monsenhor Walfredo Gurgel; falar em padre temos um grande torcedor o padre Pio, um ex presidente nascido na Ilha de Fernando de Noronha, o saudoso Reginaldo Bezerra de Lima, o único clube de Natal onde o melhor ponta direita do mundo, Mané Garrincha, vestiu sua camisa, numa partida em 1968; primeira equipe o RN a ter um técnico de futebol, Alexandre Kruze, em 1925, sendo nesse ano o primeiro campeão invicto do RN, título anulado pela Federação que não admitia time de subúrbio ser campeão.
Campeão invicto no ano mítico de 1968, primeiro clube a possuir um CT (entro de treinamento), em Macaíba em 1978 e também o primeiro a possuir uma página na Internet graças ao saudoso presidente Edmar Viana. A primeira agremiação do RN a adquirir um ônibus em 1968, e a equipe que tem a mais antiga, fiel e atuante torcida organizada do Estado a “FERA” – Fieis Esmeraldinos Radicais, criada em 1977. Inaugurou alguns estádios: o “Marizão” em Caicó, o “Maria Lamas Farache” (Frasqueirão) em Natal, o “Pascoal de Lima” na cidade da Esperança, o estádio da cidade de Areia Branca.
Recordo nesse artigo que ele é do mês místico de agosto como são também o meu Botafogo do Rio, a minha querida Portuguesa de Desportos de São Paulo, o Verdão Paulista – Palmeiras, o Vasco da Gama do Rio, a Ponte Preta de Campinas, o Madureira do Rio, o Brasiliense, o Piauí Esporte Clube.
Nesse dia de festa parabenizo e agradeço a todos que fizeram e fazem parte dessa história de luta, sonhos, esperança e, sobretudo, amor. Por isso nesse momento de alegria faço uma reflexão, canto como o Rei Roberto Carlos: “nem mesmo você pode entender porque tanto amor me prende a você…”

*Conselheiro do Alecrim Futebol Clube.

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Fonte: Blog "O Santo Ofício" - Franklin Jorge

terça-feira, 16 de agosto de 2011


Restauração em Ceará Mirim – RN
A ACLA convidou uma equipe de técnicos com experiência em restauro de patrimônio arquitetônico e histórico, a qual esteve em Ceará Mirim visitando  a  Igreja Matriz e a Casa Grande do Engenho Guaporé, dois monumentos representativos de nossa cidade.
Os técnicos apontaram a urgente necessidade de intervenção de restauro para as coberturas de proteção das duas edificações, como obra  emergencial  de proteção e segurança  para a integridade física e salvaguarda da memória do povo cearamirinense.
Continuando a vistoria, os técnicos, alertaram sobre cuidados especiais para que não haja descaracterização dos dois bens.
Considerando o precário estado de conservação dos dois monumentos, a equipe apresentará para ACLA,  Projeto de Restauro para a Igreja Matriz e Engenho Guaporé, bem como seus cadastramentos junto às Leis de Cultura para análise e aprovação, visando a captação de recursos.
De posse dos Projetos, a ACLA cuidará do necessário para a execução dos mesmos.
Rozze Dominggues
Arquiteta-CORPPLAN
81. 32221872 / 99784001

sábado, 13 de agosto de 2011

(Publicado no FB)

O GUAPORÉ TEM JEITO!

A Casa grande do Engenho Guaporé, convertido em Museu Nilo Pereira, um dos cartões de visita de Ceará-Mirim, objeto do descaso e da depredação do seu acervo, tem jeito, segundo parecer informal da equipe técnica que a ACLA trouxe do Recife, depois das prospecções realizadas no próprio local.
Os três técnicos, Rozze Domingues e Carlos Ishigami (arquitetos) e Sandra Ishigami (res...tauradora e historiadora), que administram um projeto de restauração da arte sacra pernambucana, avaliado em 30 milhoes de reais, nos apresentaram até um esboço de anteprojeto que prevê a ampliação do sítio histórico, a criação de um "em torno" da casa, sem contar com obras de restauração da casa e da capela.
Detalhe curioso é que o Prefeito Antonio Peixoto, avisado pelo seu serviço de "inteligência", dirigiu-se ao local e lá foi entrevistado pelo arquiteto Carlos Ishigami que gravou todo o depoimento do chefe do executivo municipal.
A pergunta que não quer calar: sendo viável a restauração e o projeto de revitalização desse patrimônio, importantissimo para qualquer iniciativa turística no município, por que ninguém tomou a iniciativa para a sua concretização?
Com a palavra o responsável pelo tombamento e preservação - a Fundação José Augusto - e a Prefeitura Municipal de Ceará-Mirim, vinculada à obrigação de manter o próprio do município.
Vamos prosseguir. Ainda este mês, os orgãos culturais de Macaíba e a ACLA vão pedir uma audiência com a Governadora e a Secretária da Cultura para negociação de alguns projetos de interesse comum, especialmente o do Guaporé, com uma nova formatação.
CEARÁ-MIRIM TEM JEITO. com inteligência, persistência e amor à terra.
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Colaboração do escritor PEDRO SIMÕES
Presidente da ACLA

quinta-feira, 11 de agosto de 2011

11 DE AGOSTO - FUNDAÇÃO DOS CURSOS JURÍDICOS NO BRASIL - DIA DOS ADVOGADOS
Em homenagem a esta data histórica, a Ordem dos advogados do Brasil, Seção do Rio Grande do Norte e a Câmara Municipal de Natal realizarão sessões especiais comemorativas.
No ensejo, faço presente neste blog uma mensagem particular, afirmando que cerca nossa memória as palavras de um grande causídico, PRADO KELLY, quando proclamou sobre os advogados:
“TRIBUNAIS DE ONDE DESERTEM SERÃO MENOS O TEMPLO DO QUE O TÚMULO DA JUSTIÇA.”
A ideia central da valorização dos profissionais do Direito nasceu com a criação dos cursos jurídicos em 11 de agosto de 1827, gesto que permitiu o surgimento de ideais corporativistas, à imagem da Ordre des Avocats da França, berço cultural dos bacharéis do Brasil.
A data de 11 de agosto, por conseguinte, foi escolhida para comemorar essa grande iniciativa, considerada como O Dia do Advogado, consagrando as forças do primitivo ideal do Parlamento do Império – alforriar, além da independência política que fora conquistada, também a liberdade intelectual, através dos Cursos de Direito de Olinda, Recife e São Paulo, como verdadeira Carta Magna, que nos ofereceram os sempre lembrados Bacharéis Teixeira de Freitas, José de Alencar, Castro Alves, Tobias Barreto, Ruy Barbosa, o Barão do Rio Branco, Joaquim Nabuco, Fagundes Varella, Miguel Seabra Fagundes, dentre tantos.

         Sob a influência da Revolução de 1930 foi criada a Ordem dos Advogados do Brasil, que teve como primeiro presidente o advogado Levi Carneiro, o qual a comandou por muito tempo, tendo por instrumento primeiro o Decreto nº 19.408, de 18 de novembro de 1930.
Hoje, sob o comando do Estatuto da Advocacia e da OAB, aprovado pela Lei nº 8.906, de 04 de julho de 1994, vêm sendo mantidos os mesmos propósitos dos fundadores, cujos fins estão assim marcados:

Art. 44. A Ordem dos Advogados do Brasil – OAB, serviço público, dotada de personalidade jurídica e forma federativa, tem por finalidade:
I – defender a Constituição, a ordem jurídica do Estado democrático de direito, os direitos humanos, a justiça social, e pugnar pela boa aplicação das leis, pela rápida administração da justiça e pelo aperfeiçoamento da cultura e das instituições jurídicas; II – promover, com exclusividade, a representação, a defesa, a seleção e a disciplina dos advogados em toda a República Federativa do Brasil.

O Rio Grande do Norte foi um dos primeiros Estados a criar a sua Seccional, partindo da idéia do consagrado jurista Hemetério Fernandes Raposo de Mello, nos idos de 1932, o que se concretizou em 22 de outubro do mesmo ano, por onde passaram figuras das mais ilustres da nossa história, desde o seu Primeiro Presidente Francisco Ivo Cavalcanti, até o atual comandante Paulo Teixeira.
        
Assim, ‘gratidão’ é a sensação de saber que se recebeu algo muito precioso, é aquilo que sentimos dentro do nosso íntimo, como se nossa alma abrisse um sorriso interno, muito gostoso. Por isso, precisamos HONRAR A HOMENAGEM RECEBIDA, o que registro com as expressões seguintes:
OUVIRAM DO IPIRANDA ÀS MARGENS PLÁCIDAS
DE UM POVO HERÓICO O BRADO RETUMBANTE,
E O SOL DA LIBERDADE, EM RÁIOS FÚLGIDOS,
BRILHOU NO CÉU DA PÁTRIA NESSE INSTANTE.

Ó PÁTRIA AMADA, IDOLATRADA, SALVE!

SALVE-SE das torturas legalizadas nos tribunais de exceção;
Da conduta vesga dos poderosos de plantão;
Do desvio da noção exata da história;
Da coisificação do homem.

Hoje a festa é dos Advogados, da Democracia e dos Direitos Humanos.
OBRIGADO.
Carlos Roberto de Miranda Gomes - Membro Honorário Vitalício da OAB/RN

segunda-feira, 8 de agosto de 2011

Bibliografia Genealógica Potiguar  (ATUALIZAÇÃO, a pedido)
Anderson Tavares
Objetivando auxiliar a tantos quantos desejem pesquisar sobre famílias potiguares, apresento a bibliografia genealógica potiguar. Serão considerados além dos autores potiguares, as genealogias escritas por autores de outros estados que versem sobre famílias potiguares em seus trabalhos.
Destaco para conhecimento de todos os interessados em genealogia potiguar, dois grandes genealogistas que no anonimato em que desejam estar, desenvolvem pesquisas sérias e fundamentadas, sendo fonte imprescindível para os pesquisadores do Rio Grande do Norte, são eles: Fernando Antônio Bezerra Galvão, genealogista currasnovense, que domina a genealogia seridoense como poucos, sendo fonte para muitos, inclusive para mim, pesquisador da família do Cel. José Bezerra de Araújo Galvão.
O outro genealogista é o Toscano, simples e bom, pesquisador daqueles que não dispensam os papéis velhos e esquecidos do nosso Instituto Histórico, bem como os registros cartoriais e da Cúria Metropolitana do Natal, buscando estabelecer ligações, encontrar entroncamentos, sem nunca permanecer na primeira informação.
Fernando Bezerra Galvão e Toscano, não possuem livros escritos. São exemplos formidáveis de humildade. Seus conhecimentos dariam inúmeros livros acerca de nossos antepassados. Mas preferem repassar o que sabem, porque para eles a satisfação reside na pesquisa.
Através de meu apelo insistente decidiram se filiar ao nosso Instituto de genealogia. Porém, nunca participam de discussões e dos encontros, preferindo continuar em suas pesquisas constantes e ajudando desinteressadamente a tantos que os procurem.
Por fim, listo as genealogias de Luiz da Câmara Cascudo. Esse autor que se interessou por tudo que dizia respeito ao seu Rio Grande do Norte, não se furtou de deixar consignada sua contribuição a genealogia estadual, apresentando suas genealogias nas Actas Diurnas e posteriormente na Revista Genealógica Brasileira.
ALVES, Celestino. Retoques da História de Currais Novos. Natal: Fundação José Augusto, PMCN, 1985;
AMARAL, Aldysio Gurgel do. Na Trilha do Passado: genealogia da família Gurgel. Fortaleza: Tipografia Minerva, 1986;
ARAÚJO, Antônia Figueirêdo. Retalhos de família: revivendo gerações. Caicó: Mater Dei, 2007;
ARAÚJO, Boanerges Januário Soares de. Cel. Pedro Soares de Araújo: o patriarca. Natal: 1957;
ARISTON, Eunice. Olegário Vale: o idealista. Natal: RN Econômico, 2004;
AZEVEDO, Max Cunha de. Coronel Felinto Elizio: ilustre patriarca do Seridó. Natal: Nordeste Gráfica e Editora, 2006;
AZEVEDO, Galdino Vieira de. Há Mais de Meio Século. Macaíba: 2006;
AZEVEDO, Aluizio. Famílias Azevedo, Dantas, Medeiros e Rocha no Rio Grande do Norte. Coleção mossoroense, série “C”, V. 1340. Natal: Gráfica de Fato, 2002;
BASTOS, Sebastião de Azevedo. No Roteiro dos Azevedos e Outras Famílias do Nordeste. João Pessoa: Gráfica Comercial, 1954-1955;
BEZERRA, José Augusto de Medeiros. Famílias Seridoenses. Rio de Janeiro: Irmãos Pongetti Editores, 1940;
BEZERRA, Luiz G. M. Silvino Bezerra Neto. Mossoró: Fundação Guimarães Duque, Coleção Mossoroense, série “C”, vol. 1251, 2001;
BEZERRA, Silvino. Lembrança para Minha Família. Natal: Gráfica União, 1962;
BEZERRA, Silvino. Caetano Dantas Correa e o Sítio Ingá. Tipografia Villar, 1957;
BRANCO SOBRINHO, José Moreira Brandão Castelo. Moreira Brandão. Rio de Janeiro: separata da revista do Instituto Histórico e Geográfico Brasileiro, 1959;
BRASIL, Paulo M. Assis. Bravos Sertanejos do Seridó: famílias de Portugal e do Brasil. Os Dantas Corrêa e os Ribeiro Dantas. Natal: Sebo Vermelho, 2002;
BRITO, Raimundo Soares de. Alferes Teófilo Olegário de Brito Guerra: um memorialista esquecido. Mossoró: Coleção Mossoroense, vol. CXXXII, 1980;
CÂMARA, Adauto da. Câmaras e Mirandas Henriques. Natal: Departamento Estadual de Imprensa, 2006;
CASCUDO, Luiz da Câmara. Conde D’Eu. Rio de Janeiro: Editora Nacional, 1933;
_________. A família do Pe. Miguelinho. Natal: Coleção Mossoroense, N.55, Departamento de Imprensa, 1960;
_________. Jerônimo Rosado (1861-1930): uma ação brasileira na província. Rio de Janeiro: Pongetti, 1967;
_________. Os Carrilho do Rio Grande do Norte. Revista Genealógica Brasileira. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 1941;
_________. João Lustal Navarro e seus descendentes. In O Livro das Velhas Figuras nº 03;
_________. Francisco da Costa e Vasconcelos. In O Livro das Velhas Figuras nº 03;
_________. Francisco Machado de Oliveira Barros. In O Livro das Velhas Figuras nº 03;
_________. A Família do Padre Miguelinho. In O Livro das Velhas Figuras nº 03;
_________. Nísia Floresta e alguns parentes. In O Livro das Velhas Figuras nº 04;
_________. O Fundador da família Raposo da Câmara. In O Livro das Velhas Figuras nº 04;
_________. O primeiro Joaquim Inácio Pereira. In O livro das Velhas Figuras nº 05;
_________. Joaquim Torquato Soares Raposo da Câmara. In O livro das Velhas Figuras nº 05;
_________. Os antepassados de Câmara Filho. In O livro das Velhas Figuras nº 05;
_________. Joaquim José do Rego Barros. In O livro das Velhas Figuras nº 06;
_________. Gonçalo Morgado. In O livro das Velhas Figuras nº 06;
_________. Descendência de Joris Garstman? In O livro das Velhas Figuras nº 06;
__________. A Família Ribeiro Dantas. In O livro das Velhas Figuras nº 06;
__________. Os descendentes de Joaquim Inácio Pereira. In O livro das Velhas Figuras nº 07;
_________. A Casa de Cunhaú: história e genealogia. Brasília: Senado Federal, 2008;
COSTA, Sinval. Os Álvares do Seridó e suas ramificações. Recife: Comunigraf Editora, 1999;
ESCÓSSIA, Lauro da. As Dez Gerações da Família Cambôa: estudo genealógico. Mossoró: Coleção Mossoroense, vol. 55, 1978;
FERNANDES, João Bosco; MOUSINHO, Antônio Fernandes. Memorial de Família: pesquisa genealógica. João Pessoa: Halley Editora, 1994;
FILGUEIRA, Marcos Antônio. Esboço Genealógico da Família Burlamaqui. Mossoró, coleção mossoroense, série “C”, vol. DXXXIX, 1990;
FILHO, Antônio Othon. Meio Século da Roça à Cidade: cinqüentenário de Currais Novos. Recife: Companhia editora de Pernambuco, 1970;
FILHO, Juvêncio Cunha. Nossa Origem, Nossa Descendência. Natal: 2ª edição, CERN, 1990;
GALVÃO, Dagoberto Félix Bezerra de Araújo. Reminiscências. Brasília: 1984;
GUIMARÃES, Gaspar Antônio Vieira. Doze Gerações: notas genealógicas. Rio de Janeiro: Irmãos Pongetti, 1936;
JOPPERT, Gustavo Pedrosa. Os Pedrosa. Rio de Janeiro: edição do autor fora de comercio, 1991;
LAMARTINE, Pery. Assentamentos da Família Lamartine. Natal: Editora Clima, 1982;
___________. Coronéis do Seridó. Natal: sebo vermelho, 2005;
LINHARES, Mário. Os Linhares: retrospecto genealógico 1690-1939. Rio de Janeiro: Irmãos Pongetti, 1939;
LOPES, José Evangelista. Itajá dos Lopes. Natal: Clima, 1987;
WANDERLEY, Walter. Família Wanderley: história e genealogia. Rio de Janeiro: Irmãos Pongetti, 1966;
MACÊDO, Antônio Soares de. Breve Noticia sobre a Árvore Genealógica da Família Casa Grande, residente em Assú, Estado do Rio Grande do Norte. Natal: Tipografia Natelense, 1893;
MARANHÃO, João de Albuquerque. História da casa de Cunhaú;
MARANHÃO, Paulo Frederico Lobo. A família Maranhão do Cunhaú ao Matary. Recife: Comunigraf, 2001;
MEDEIROS FILHO, Olavo. Velhas Famílias do Seridó. Brasília: Senado Federal, 1981;
___________. Origens Genealógicas dos Morais Navarro no Nordeste Brasileiro. Mossoró: Coleção Mossoroense, série “B”, nº 470, 1988;
___________. O Engenho Cunhaú à Luz de um Inventário. Natal: Fundação José Augusto, 1993;
___________. Os Barões do Ceará-Mirim e Mipibú. Mossoró: Coleção Mossoroense, Série “C”, vol. 1410, 2005;
MEDEIROS, Kyval da Cunha. Cinco Gerações: o coronel Ambrósio de Medeiros e sua descendência. São Paulo, 1945;
MEDEIROS, Tarcízio Dinoá. Genealogia de uma Família do Seridó. Brasília: Verano Editora, 2007;
MELO. Manoel Rodrigues de. Patriarcas e Carreiros: influência do coronel e do carro de boi na sociedade rural do nordeste. Rio de Janeiro: Irmãos Pongetti Editores. 2ª edição, 1954;
MOURA, Carlos Alberto Dantas. Família Ribeiro Dantas de São José de Mipibú. Brasília: Senado Federal, 1985;
NÓBREGA, Trajano Pires da. A Família Nóbrega. São Paulo: 1956;
ONOFRE, Manoel Jr. Espírito de Clã. Natal: offset gráfica, 2003;
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