quarta-feira, 25 de setembro de 2013
Hipotenusa: Gente do nosso tempo (I)
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quarta-feira, 11 de setembro de 2013
Casamentos na Serra de João do Valle
Por João Felipe da Trindade
jfhipotenusa@gmail.com
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Nos registros da Freguesia do Assú, encontramos alguns casamentos na Serra de João do Valle, onde o celebrante era o padre Manoel Fernandes Pimenta da Silva Vejamos alguns desses.
Aos dois dias do mês de março de mil oitocentos e vinte e quatro, pelas nove horas da manhã, no Oratório de São José da Serra João do Valle, me presença do Reverendo Manoel Fernandes Pimenta da Silva e das testemunhas abaixo nomeadas, de minha licença, se receberam por esposos presentes: Antonio Ferreira de Almeida e Clara Maria da Conceição, meus fregueses: o esposo de idade de vinte e nove anos, filho legítimo de José Ignácio de Freitas e Catharina Ferreira de Almeida: a esposa de idade de trinta anos, filha legítima de Antonio de Crasto Lima e Izabel Maria da Conceição, natural da Freguesia do Apodi, donde apresentou seus papéis sem impedimento; o nubente natural deste Assú, e ambos nele moradores, onde se fizeram as denunciações nupciais sem impedimento, e logo lhes deu as bençãos matrimoniais, sendo primeiramente confessados e examinados na Doutrina Cristã, presentes por testemunhas José Gomes da Motta, casado, e Manoel Marreiros da Purificação, solteiro, todos deste Assú; e para constar fiz este assento em que me assinei. Joaquim José de Santa Anna, pároco do Assú. Os nubentes eram pardos
Aos quatro dias do mês de Maio de mil oitocentos e vinte e quatro, pelas novas horas da manhã, na Serra de João do Valle, em presença do Reverendo Manoel Fernandes Pimenta da Silva, e das testemunhas abaixo nomeadas, de minha licença, se receberam por esposos presentes Miguel e Joanna, escravos do capitão João Franco, meus fregueses; o nubente do gentio, de idade de cincoenta anos, pouco mais ou menos; a esposa de idade de trinta anos, natura deste Assú, , e filha natural de Luiza, também escrava do mesmo capitão; ambos esposos moradores nesta Freguesia de São João Baptista do Assú, onde se fizeram as denunciações nupciais, sendo primeiramente confessados e examinados na Doutrina Cristã, presentes por testemunhas Francisco da Silva Bastos, casado, e José Gonçalves de Oliveira, casado, todos deste Assú; e para constar fiz este assento em que me assinei. Joaquim José de Santa Anna, pároco do Assú. Os nubentes eram pretos.
Aos vinte dias do mês de Maio de mil oitocentos e vinte e quatro, pelas onze horas da manhã, no Oratório de São José da Serra de João do Valle, em presença do Padre Manoel Fernandes Pimenta da Silva, e das testemunhas abaixo nomeadas, de minha licença, se receberam por esposos presentes Joaquim José de Sana Anna e Anna Francisca, meus fregueses: o esposo natural da Freguesia de Nossa Senhora do Pilar, donde apresentou seus papeis desimpedidos, de idade que quarenta anos, filho natural de Anna dos Santos; a esposa de idade de vinte e oito anos, filha legítima de Custódio Gomes e Anna Rosa, natural da mesma Freguesia de Nossa Senhora do Pilar, donde apresentou também seus papéis livres, e desembaraçados, e por se acharem dispensados, e terem cumpridos as penitências que lhes foram impostas, e moradores neste Assú, onde se fizeram as denunciações nupciais, sem impedimento; e logo lhes deu as bençãos matrimoniais, sendo primeiramente confessados e examinados na Doutrina Cristã, presentes por testemunhas Felis Peixoto e Francisco Antonio, que assinou em cruz, casados, todos desta Assú, e para constar fiz este assento em que me assinei. Joaquim José de Santa Anna, pároco do Assú. Os nubentes eram Pardos
Aos dois dias do mês de setembro de mil oitocentos e vinte e quatro, pelas onze horas da manhã, no Oratório de São José da Serra de João do Valle, em presença do Padre Manoel Fernandes Pimenta da Silva, e das testemunhas abaixo nomeadas, de minha licença, se receberam por esposos presentes Miguel Antonio Peixoto, e Maria Joaquina da Fonseca, meus fregueses, por se acharem dispensados do impedimento em que estava ligados e terem cumprido a penitência, que lhes foram impostas: o esposo tem de idade vinte e sete anos, filho legítimo de Manoel Geris Peixoto e Francisca Maria da Conceição: a esposa de idade quinze anos, filha legítima de José Gomes da Mota e Francisca Maria Victória, naturais e moradores deste Assú, onde se fizeram as denunciações nupciais, sem impedimento, e logo lhes deu as bençãos matrimoniais, sendo primeiramente confessados e examinados na Doutrina Cristã, presentes por testemunhas João Franco de Oliveira Lisboa e Felis Peixoto da Anunciação, casados, todos deste Assú. E para constar fiz este assento em que me assinei. Joaquim José de Santa Anna, pároco do Assú. Os nubentes eram brancos.
domingo, 25 de agosto de 2013
Joaquim Calistrato de Almeida Leitão (2º)
Por João Felipe da Trindade
A família Leitão de Almeida está presente no Rio Grande do Norte, através do português José Leitão de Almeida, que lecionava em Recife, tendo destaque na nossa política, Agostinho Leitão de Almeida e Joaquim Leitão de Almeida.
Do professor José Leitão de Almeida descende Joaquim Calistrato. Vejamos um dos seus casamentos:
Aos vinte e seis de setembro de mil novecentos e trinta e sete, às 15 horas, em Oratório Particular, à Rua Camboim, 734, desta cidade episcopal do Natal, capital do Rio Grande do Norte, e freguesia de Nossa Senhora da Apresentação, onde se acha doente o nubente, depois de feitas as habilitações canônicas e demais formalidades prescritas, não aparecendo impedimento algum, quer canônico, quer civil, como se vê do processo que, sob o numero 17.086, fica arquivado nesta freguesia, por palavras de presente, na forma do ritual romano, em minha presença e na das testemunhas Antonio Fernandes Sobrinho, casado, funcionário público com 35 anos, natural da Paraíba, e Umberto Cocentino, casado, comerciário, com 25 anos, natural de Ceará-mirim, e residentes na rua Camboim, receberam-se em matrimônio Joaquim Calistrato Leitão de Almeida, e Ana Alcina de Araújo, ambos naturais deste bispado, e residentes nesta freguesia; ele, militar reformado, com 80 anos de idade, filho legítimo de Joaquim Calistrato Leitão de Almeida e de Maria Francisca Leitão de Almeida, ambos já falecidos, viúvo 2 vezes: de Maria Leitão de Almeida, filha legítima de Justino Leitão de Almeida e Guilhermina da Costa Ferreira; e de Maria José da Costa Alecrim, filha de Antonio da Costa Alecrim e de Justina da Costa Alecrim; ela solteira, de profissão doméstica, com 25 anos de idade, nascida no Ceará-mirim, onde se batizou em tenra infância, filha legítima de Antonio Francisco de Araújo e de Francisca Alcina de Araújo. Após o casamento, a nubente passou a assinar-se Ana Alcina Leitão de Almeida. O casamento realizou-se sem a comunhão de bens, por causa da idade do nubente. Já viviam maritalmente há sete anos e assim legitimaram perante a Igreja a sua união. Após o casamento lhes foi dado a benção nupcial. E para constar mandei lavras este termo em que assino. Monsenhor José Alves Ferreira Landim.
Joaquim Calistrato Leitão de Almeida e Maria José da Costa Alecrim eram os pais de Boanerges Leitão de Almeida, pai do coronel Paulo Leitão de Almeida.
Joaquim Calistrato Leitão de Almeida e Maria José da Costa Alecrim eram os pais de Boanerges Leitão de Almeida, pai do coronel Paulo Leitão de Almeida.
domingo, 18 de agosto de 2013
O INSTITUTO NORTE-RIOGRANDENSE DE GENEALOGIA - INRG
ORMUZ, ANTONIO LUIZ, GEORGE VERAS, ODÚLIO BOTELHO, JOÃO FELIPE, CARLOS GOMES E LUIZ GONZAGA CORTEZ TIVERAM UMA TARDE DE BONS PAPOS E ELABORAÇÃO DE NOVAS PERSPECTIVAS PARA OS TRABALHOS DA INSTITUIÇÃO.
VOLTA A SE REUNIR (agosto 2013)
FIQUEM ATENTOS PARA A PRÓXIMA CONVOCAÇÃO E PREPAREM SEUS TRABALHOS PARA A NOSSA REVISTA NÚMERO DOIS.
sábado, 17 de agosto de 2013
Francisco Pinto de Abreu e d. Maria Suzana Ferreira de Moura
Por João Felipe da Trindade
O prof. Francisco Pinto de Abreu era filho de Bernardo Pinto de Abreu, que tendo ido para Angicos cuidar da saúde, por recomendações médicas, terminou casando com minha tia-avó Águida Torres Avelino. Um dos registros de casamento de Francisco Pinto trago para este blog, por conter boas informações.
Aos dezessete de Julho de mil novecentos e onze, na Sé, perante as testemunhas Dr. Alberto Maranhão, governador do estado, e Coronel General Manoel Teixeira de Moura, presidente da Intendência, assisti o recebimento matrimonial do Dr. Francisco Pinto de Abreu com D. Maria Suzana Ferreira de Moura. Ele viúvo de d. Thereza de Mello Abreu e ela viúva do Dr. Francisco de Paula Salles. Ele natural de Campina Grande e ela de São Gonçalo e ambos residentes nesta Freguesia; do que mandei fazer este assento que assino. O vigário Cônego João Evangelista da Silva Castro.
domingo, 11 de agosto de 2013
Pensylvania Siqueira e Teófilo Benedito Ottoni
Por João Felipe da Trindade
Ao longo do tempo os registros da Igreja vão se modificando.
Uns com poucas informações, outros mais completos. Trago para cá, o registro do
casamento de Pensylvania e Teófilo porque me surpreendeu. Ela de uma família
conhecida do Rio Grande do Norte, ele por descender de um personagem que deu
nome a uma cidade brasileira. Esse registro traz a vantagem de noticiar dados
dos batismos dos nubentes.
Aos doze de fevereiro de mil novecentos e quarenta e sete,
pelas 16:30 horas, nesta Catedral de Nossa Senhora da Apresentação, de Natal,
em minha presença e das testemunhas, abaixo assinadas, por palavras de
presente, e na forma do Ritual Romano, casaram-se em matrimonio Teófilo
Benedito Ottoni e Pensylvania de Siqueira, habilitados canonicamente,
solteiros; ele, oficial do Exército, com 24 anos de idade, nascido a dezoito de
março de 1922, na Paróquia de Nossa Senhora das Dores, do Ingá, Niterói,
Diocese do mesmo nome, batizado, na mesma paróquia, e residente, com os pais à
rua Presidente Pedreira, 182, em Niterói, filho legitimo de Dr. Pio Benedito
Ottoni, magistrado em Niterói, e de sua esposa D. Regina (Breves) de Oliveira
Belo Ottoni; ela com vinte anos de idade, de prendas domésticas, nascida aos
quinze de maio de mil novecentos e vinte e seis, nesta paróquia de Nossa
Senhora da Apresentação de Natal, onde se batizou a seis de agosto de mil
novecentos e vinte e seis, na Catedral, residente com os seus pais, à rua Dr.
Nilo Peçanha, 334, filha legítima de Carlos Homem de Siqueira,funcionário
aposentado, e de sua esposa D. Araci de Siqueira, domestica. Após o casamento a
nubente passou a chamar-se Pensylvania de Siqueira Ottoni. O casamento civil
realizou-se no mesmo dia. No processo canônico está anexado o (ilegível) diocesano
de habilitação do nubente. E para constar, lavrei este termo, e me assino, Natal,
12 de fevereiro de 1947, Padre Benedito Basílio Alves, Pároco.
Assinatura dos nubentes e das testemunhas.
No registro de batismo e Pensylvania, o nome da mãe é Aracy da Costa Siqueira.
quinta-feira, 8 de agosto de 2013
O batismo de Luis da Câmara Cascudo
Por João Felipe da Trindade
Nosso maior escritor merece um destaque neste blog de Genealogia. Por isso, trazemos para cá uma imagem do batismo dele.
Nosso maior escritor merece um destaque neste blog de Genealogia. Por isso, trazemos para cá uma imagem do batismo dele.
Está escrito na imagem: aos vinte e sete de maio de mil oitocentos e noventa nove, na Capela de Bom Jesus das Dores baptizei solenemente Luis, nascido aos trinta de dezembro do ano passado (1898). Filho legítimo de Francisco Justino d'Oliveira Cascudo e D. Anna Maria da Câmara. Padrinhos Dr. Joaquim Ferreira Chaves e D. Alexandrina Barreto Ferreira Chaves. Do que faço e assigno este termo. O Parocho João Maria Cavalcanti de Brito.
Alguns documentos aparecem como Francisco Justiniano
Alguns documentos aparecem como Francisco Justiniano
D. Alexandrina foi quem deu nome ao Município de Alexandria. Descende dos Velho Barreto, lá de Martins.
Na lateral do documento está escrito que ele casou-se com Dália Freire.
quarta-feira, 29 de maio de 2013
Genealogia, Matemática e existência
João Felipe da Trindade (jfhipotenusa@gmail.com)
Professor da UFRN, membro do IHGRN e do INRG
Cada indivíduo, que está na terra, neste momento, tem uma quantidade significativa de ascendentes, que a partir dos seus pais, cresce em progressão geométrica, se desprezarmos os casamentos entre parentes. Os pais são dois, os avós já são quatro, os bisavós, em número de 8, e os trisavós (ou terceiros avós) são 16. É uma progressão geométrica de razão 2 que começa com dois e que se expressa, em cada geração de ascendentes, como uma potência de 2. Assim, a quantidade de trisavós, que são dezesseis, é representada por 2 elevado a quarta potência. Quando você chega aos seus nonos avós, eles já são 1024 (2 elevado a 10 potência). Imagine a quantidade de ascendentes, em todo o mundo, se você recuar muitos anos atrás. Você, talvez, prefira que seu sobrenome seja Miranda Henriques, mas com certeza, você tem, através dos seus ascendentes passados, milhares de sobrenomes.
Qualquer que seja o evento acontecido anos atrás, você ou um seu ascendente estava vivo. Assim, quando Buda nasceu, existia em algum lugar do mundo, um ascendente seu, contemporâneo do mestre, que talvez até tenha convivido com ele. Da mesma forma quando Jesus foi crucificado, alguém, que está na sua ascendência, era vivo nesta terra, e talvez estivesse lá, naquela hora.
Em 1706, meus hexavós, João Machado de Miranda e Leonor Duarte de Azevedo, batizavam uma filha em São Gonçalo do Potengi, com o nome de Felizarda. Alguns dos ascendentes desses meus hexavós, podem ter presenciado o massacre de Uruassú, em 1645; Quando invadiram a Ilha de Manoel Gonçalves, em 1818, meu tetravô João Martins Ferreira, estava lá presente.
Acredito, pois, que carregamos dentro de nós a história da humanidade desde o seu início. Muitas vezes, fico me perguntando se alguns fenômenos que ocorrem com algumas pessoas não são frutos desses conhecimentos que vão passando de geração a geração, através de suas descendências. A holografia revela que a parte contém o todo. Na Matemática descobrimos que um segmento de reta contém a mesma quantidade de pontos que a própria reta. Assim, creio que toda vez que um ser é gerado, traz consigo informações do mundo passado. Nosso DNA pode ser mais valioso do que pensamos!
Li durante muitos anos sobre diversos assuntos, sem nenhum preconceito científico ou de outra natureza. Mesmo como matemático que sou, li sobre astrologia, numerologia, quiromancia, rabdomancia, radiestesia e outras coisas mais. Interessei-me por espiritismo, reencarnação, zen, ioga, psicografia, e múltiplas personalidades. Sempre gostei de biografias, de estudar sobre gênios, escritores, pintores e músicos famosos.
Muitos gênios falam de suas experiências relatando que alguns escritos, quadros, descobertas ou músicas surgiam como um todo nos seus cérebros. Por que algumas crianças se tornam geniais com poucos anos de vida? Como surge essa genialidade neles?
Quando Chico Xavier psicografava, o que acontecia de verdade dentro do seu cérebro? Quando alguém faz regressão de vidas passadas, que partes do cérebro são ativadas que dão acesso as informação por elas relatadas? Como elas conseguem descrever paisagens, costumes, roupas de uma certa época do passado?
Por que, de repente, uma pessoa, com múltiplas personalidades, acessa dentro de si, um indivíduo que fala inglês, se ela mesma não conhece nada dessa língua? O que de fato acontece lá dentro do seu cérebro que ativa um personagem, aparentemente, inexistente? De onde vêm tais informações ou ações?
O hinduísmo fala em Registos Akáshicos, uma espécie de Biblioteca Virtual, que cada indivíduo possui, onde estão registradas todas as ações pretéritas. Mas, os estudos genealógicos me convencem, a cada dia, que tudo que existia, na época dos nossos ascendentes, vai passando de geração a geração para seus descendentes. Mas, a nossa educação, ao contrário do que devia acontecer, vai podando nossas potencialidades e dificultando nossa capacidade para acessar essas informações. A ciência e a religião, muitas vezes, ao longo do tempo, mutilaram nossas capacidades naturais, tratando com desprezo e preconceitos nossas percepções.
Acredito, também, que estamos em rede, uns com os outros. Quando alguém sente em uma determinada hora, que um parente ou amigo, que mora distante, faleceu, e depois isso se confirma, temos uma prova da existência dessa rede entre as pessoas. Por que algumas descobertas ocorrem simultaneamente em lugares distantes? Há plágio, sincronicidade, ou essas pessoas entram em rede? Por que gêmeos que foram criados em lugares diferentes tem as mesmas preferências?
A educação seria melhor se estimulasse nossas capacidades inatas. Pegue uma caneta ou um pincel, sem a menor preocupação, e, talvez você escreva uma bela poesia, um bom romance, ou pinte um quadro espetacular, sem precisar pegar carona em gente famosa que já faleceu.
Nossa existência não começou na vida presente. Estamos aqui desde o começo de tudo!
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